Prefeito havia prometido evitar contratações sem licitação, mas acordo com empresa paulista levanta suspeitas de falta de transparência e aumento expressivo de custos.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, firmou contrato milionário com dispensa de licitação para a implementação de um sistema de fiscalização eletrônica na capital. A empresa escolhida é a Jardiplan Urbanização e Paisagismo, sediada em Itapetininga (SP), que irá receber R$ 167,24 milhões para o serviço — valor considerado elevado e que reacende o debate sobre a transparência nas contratações da atual gestão.
A escolha da Jardiplan chama ainda mais atenção por se tratar da mesma empresa contratada anteriormente na administração do ex-prefeito Rogério Cruz, porém, por um valor 7,5 vezes menor. O novo contrato, portanto, prevê o mesmo tipo de serviço por um custo significativamente superior.
Durante sua campanha e nos primeiros dias de mandato, Mabel se apresentou como defensor da moralidade e da boa gestão pública, prometendo não recorrer a dispensas de licitação. No entanto, a contratação recente contradiz diretamente esse compromisso, gerando críticas e suspeitas sobre a real motivação por trás da escolha da empresa e dos valores envolvidos.
A falta de concorrência pública no processo também impede a comparação com outras propostas e levanta questionamentos sobre a economicidade do contrato para os cofres públicos.